quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Revolução Cubana

O processo de colonização da América, foi realizado sem respeito a nenhuma das nações que aqui estavam instaladas, o europeu não poupou esforços para explorar e colonizar estas terras, retirando daqui suas riquezas e consequentemente dizimando seus povos e culturas.

No processo de independência americano vimos mais uma reação com preocupação econômica, do que propriamente a busca de uma formação ou identidade cultural, buscando acabar com as mazelas sociais de anos de conquista européia.

Em Cuba, a dominação eminente ficou comprovada através de seu processo de independência, que esbarrou de cara na política expansionista americana (Big Stick), neste processo, os norte-americanos incluíram em sua Constituição (1901) a Emenda Platt, caracterizando o controle político e econômico sobre Cuba.

Além de entregar o território da Baía de Guantanamo aos EUA (base militar), Cuba ficou refém dos desejos e anseios norte-americanos, além de governos ditatoriais como o de Fulgêncio Batista (1934-1958).
A oposição ao governo cresceu na década de 1950, com o surgimento de guerrilheiros sob a liderança política de Fidel Castro, Camilo Cinefuegos e Ernesto Guevara, que em 1956 conseguiram sucessivas vitórias contra o exército cubano, forçando a saída de Fulgêncio Batista.


O novo governo passou a adotar medidas contrárias aos interesses norte-americanos, tais como: A realização de uma ampla reforma agrária e a nacionalização de bancos e empresas, expropriação dos latifúndios e reformas nos sistemas de educação e saúde. Tais reformas, contrariavam os interesses americanos na ilha, e por conta destas, ocorreu a suspensão das importações de açúcar cubano.

Desta forma, o novo governo procurou alternativas econômicas que pudesse viabilizar o desenvolvimento cubano, ocorreu a aproximação com os soviéticos. Em 1961, ocorreu corte de relações diplomáticas entre Cuba e EUA. Logo em seguida um grupo reacionário tentou tomar o controle político da ilha - invasão a Baía dos Porcos - no entanto sem sucesso. Após a tentativa de golpe o governo cubano se declarou socialista.



Como forma de impedir que qualquer país americano seguisse o "mau exemplo" de Cuba, os EUA criaram um pacote de ajuda econômica para as nações latino-americanas - "Aliança para o Progresso".

Em 1962, a URSS aproveitando-se da posição estratégica da ilha, promoveu instalação de mísseis apontados para os EUA o que gerou a "crise dos mísseis", provocando o acirramento da Guerra Fria e estabelecendo de vez o isolamento cubano. Desde então, Cuba passa a apoiar movimentos guerrilheiros em territórios latino-americano, como forma de atacar os interesses americanos no continente.


A ofensiva cubana, desencadeou o apoio dos EUA aos governos militares na América, implantando ditaduras para afastar a ameaça socialista, ou atuando militarmente contra governos apoiados por Cuba, a exemplo de sandinistas na Nicaraguá.

As mudanças no Leste europeu e a derrocada da URSS, entre 1989 e 1991, fortaleceram as pressões reformistas que exigiam maior flexibilidade do governo e abertura econômica. No mesmo período os EUA, aumentaram o bloqueio econômico, provocando o agravamento das questões sociais no território cubano.

O novo lema cubano - "Queremos o capital e não o capitalismo", começaram os investimentos no setor de turismo, bem como aumentaram as pressões internacionais contra o bloqueio econômico realizado pelos EUA.

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